🤠VALÍRIA - Lore
📜 Capítulo I — O fim para um começo
O ano era 1899. As ferrovias faziam o Oeste americano se agitar com seu metal quente e o barulho das armas de fogo. O governo dos Estados Unidos avançava, incorporando novas terras, conquistando povos e erguendo bandeiras, mas frequentemente não restituía a ordem esperada.
A antiga República do Texas, que um dia foi motivo de orgulho para seus cidadãos, sucumbiu ao peso do descaso.
O que antes representava uma promessa de liberdade se transformou em cinzas de traições, onde pistoleiros negociavam justiça com o mais afortunado e onde as igrejas clamavam por milagres que não chegavam.
A falta de proteção não trouxe apenas as consequências das guerras civis, mas também sussurros ancestrais: vozes sem dono, sombras nas pradarias, homens que juravam ter avistado os mortos vagando entre os vivos.
Assim nasceu a Revolução Texana, uma batalha não apenas contra a fome e o abandono, mas contra a sensação de que a própria realidade estava desmoronando. O resultado foi devastador.
O Texas tornou-se apenas uma lembrança.
Seus habitantes perambulavam, sem lar, como poeira levada pelo vento.
Em seus corações, restava apenas nostalgia e temor.
🌑 Capítulo II — Valíria: O Renascimento das Cinzas
Na virada do século, em 1900, um grupo de sobreviventes descobriu um vale fértil, cercado por colinas e rios que refletiam a lua como prata líquida.
Nesse local, ergueram um novo lar. Assim nasceu Valíria.
“Não era apenas uma cidade: era o anseio de recomeço.”
Ali se uniram:
Filhos do antigo Texas.
Famílias que fugiam de guerras.
Forasteiros de todas as partes.
Homens armados, mulheres laboriosas, crianças famintas — todos viam em Valíria um sinal de esperança.
Contudo, não era apenas otimismo que permeava a região:
As colinas guardavam cavernas profundas.
As florestas sussurravam nomes esquecidos.
Os rios pareciam carregar histórias mais antigas que o próprio homem branco.
Enquanto martelos batiam e tijolos eram empilhados, sombras se moviam nas montanhas.
👁️ Capítulo III — Os estranhos acontecimentos de Valíria
A cidade mal havia nascido quando os primeiros relatos surgiram:
🌑 Luzes vermelhas flutuando à distância, como tochas sem dono.
🌑 Viajantes desaparecidos nas estradas, tragados pela terra.
🌑 Homens sonâmbulos, falando em línguas que nunca aprenderam.
🌑 Crianças assombradas, apontando para florestas escuras, afirmando ouvir seu nome ser chamado.
Alguns acreditavam que eram sinais divinos, milagres anunciando tempos de provação. Outros murmuravam que o diabo havia escolhido Valíria como trono.
Dessa inquietação nasceram sociedades secretas:
Uns buscavam estudar e conter os fenômenos.
Outros desejavam acumular poder através deles.
E havia aqueles que simplesmente temiam a repetição do destino texano.
🏛️ Capítulo IV — Os senhores e o povo
Valíria deixou de ser apenas um acampamento e tornou-se Condado.
Políticos chegaram com discursos de prosperidade.
Barões do gado, do ferro e da terra trouxeram riquezas e ambições.
Mas o espírito verdadeiro estava no povo:
🛠️ Trabalhadores que levantaram muros com as próprias mãos.
👩👧 Mulheres que sustentaram lares na ausência de maridos e irmãos mortos.
🪶 Nativos, expulsos de suas terras, agora olhavam com desconfiança para os que chamavam o vale de “lar”.
Era um mosaico delicado, sustentado por esperanças, determinação e medo.
⚖️ Capítulo V — O que está por vir, a anexação
O ano de 1900 trouxe consigo não apenas a virada de um século, mas também a chance de um recomeço. As negociações entre o lugar recém-erguido e o governo dos Estados Unidos não foram rápidas, tampouco suaves. Por meses, mensageiros cruzaram desertos e planícies levando cartas, propostas e ameaças veladas.
Washington via naquele território um manancial de riquezas, mas não queria gastar soldados ou recursos para mantê-lo sob controle.
Foi assim que, por fim, a autonomia foi concedida: uma terra reconhecida, mas vigiada à distância. Para uns, era vitória. Para outros, apenas mais uma corrente, pintada com o verniz da liberdade.
Mas o verdadeiro espírito do condado não se resumia a um decreto carimbado. Cada rua pavimentada era uma afronta ao esquecimento. Cada rancho erguido, uma jura contra o abandono. Cada fogueira acesa nas pradarias, uma promessa de que os exilados jamais seriam apagados da história.
O Valíria tornou-se mais que um lugar: transformou-se em estandarte. Uma chama teimosa no escuro, erguida não apenas contra o tempo e os governos, mas contra o próprio invisível que rondava suas fronteiras.
🔮 Capítulo VI — A barreira a ser ultrapassada
Com o avanço do Condado, os sinais cresceram.
O sobrenatural não se escondia:
Testava limites.
Provocava.
Observava.
Alguns mergulhavam na loucura. Outros se entregavam ao fanatismo. Havia os que ignoravam, e os que se armavam até os dentes.
Mas todos sabiam: o véu entre vivos e mistérios estava mais frágil em Valíria do que em qualquer outro lugar.
“A questão não era se ele se romperia, mas quando.”
🌅 Capítulo VIII — O Futuro Depende de Vocês
Este solo não é apenas uma terra. É espelho. Reflete tanto a coragem quanto a loucura dos que nele caminham.
Para alguns, ele é a Terra Prometida: o lugar onde o suor dos pioneiros e o sangue dos caídos regam a esperança de gerações futuras. Para outros, é maldição: uma cicatriz aberta que lembra aos homens o preço da ambição desmedida.
Assim, o condado ergue-se como palco. Cada pistoleiro, cada curandeira, cada fazendeiro ou forasteiro escreve, com seus atos, uma linha desta crônica. Aqui não há narradores neutros — todos são parte da lenda.
O tempo sussurra que provações se aproximam. Não está escrito se o povo resistirá ou tombará, se esta terra será farol de bravura ou ruína de desespero.
Mas uma verdade não pode ser negada: o destino não pertence aos deuses, nem aos fantasmas, nem aos barões. Ele repousa nas mãos de vocês.
E quando o véu finalmente se partir, não será a história que julgará o povo deste vale. Será a própria eternidade.
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